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Uma História que Merece ser Lembrada !

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Os Fios da Memória Coletiva !

Na oportunidade em que o 8º Grupamento de Incêndio comemora o seu 32º aniversário, uma outra instituição pública ingressou no cenário, com o objetivo claro de buscar o registro de uma história que, em verdade, se confunde com o desenvolvimento sócio-econômico da região nas três últimas décadas.

Trata-se de um projeto pioneiro em que a Fundação Pró-Memória cujo objetivo é o de preservar o patrimônio cultural e atuar no importante segmento da difusão cultural pôde trabalhar com o acervo fotográfico do 8º Grupamento de Incêndio, com o propósito de organizar uma exposição fotográfica itinerante que retrata o período de evolução da instituição aniversariante.

Ao mesmo tempo, numa atividade coletiva, da qual participaram praticamente todos os oficiais que serviram no Corpo de Bombeiros do Grande ABC, acabaram sendo tecidos os textos que se debruçam sobre o passado, com o olhar distanciado pelo tempo, mas sempre focalizado pelos sentimentos dos que foram personagens, testemunhas e co-partícipes dos eventos.

Para a Fundação Pró-Memória trata-se de uma excelente oportunidade oferecida pelo 8º Grupamento de Incêndio para exercitar a ampliação de uma atividade fundamental o resgate da memória de uma instituição.

Por outro lado, para o 8º Grupamento de Incêndio (com comandantes preocupados com a preservação do acervo documental, gesto raro num País infelizmente marcado por muitos testemunhos de descaso e desmemória), não deixou de ser o momento em que os fatos puderam ser apresentados em ordem cronológica. Ambas as instituições sinalizam, através deste trabalho conjunto, a possibilidade de instituições agirem em parceria.

O trabalho coletivo vai, portanto, tecendo os fios da memória.

No resgate da memória do passado recente, o 8º GI tem como objetivo servir de exemplo para os atuais e futuros componentes do Corpo de Bombeiros e ao mesmo tempo através dos depoimentos, prestar uma justa homenagem a todos aqueles que contribuíram com seu trabalho competente, inclusive com o sacrifício da própria vida,visando atingir a meta de viver para servir.

Ao completar 32 anos e ao relembrar o início, com o primeiro posto nos idos de 1966, a unidade do Corpo de Bombeiros do ABC sente orgulho dos atuais onze Postos de Bombeiros, que prestam um serviço à nossa comunidade.

Através da leitura dos textos e da seqüência de fotos, observa-se a evolução da comunidade, acompanhada pelo bombeiro, com registro significativo na década de 70; expressiva evolução de ordem material e humana, através da produção de extensa literatura técnica e, no campo material, a aquisição da primeira plataforma elevatória do Brasil (22 de maio de 1972), veículo para atendimentos emergenciais em locais elevados.

Agradecemos a todos pelo empenho e colaboração, sem o que esta iniciativa pioneira não seria viabilizada. Citamos em especial o apoio e interesse do tenente-coronel Itaici Ciríaco de Carvalho, Comandante do 8º Grupamento de Incêndio.

Aleksandar Jovanovic Presidente da Fundação Pró-Memória

Major Marcos Antonio Figueira Sub-comandante do 8º Grupamento de Incêndio


Histórico do Corpo de Bombeiros da
Polícia Militar do Estado de São Paulo

brasao do oitavo grupamento de incendio

No dia 2 de julho de 1856, pelo decreto Imperial nº 1775 de D. Pedro II, foi criado e instalado no antigo Distrito Federal - Rio de Janeiro - O Corpo de Provisório da Côrte, mais tarde denominadoCorpo de Bombeiros do Distrito Federal; representando a criação da PrimeiraUnidade de Bombeiros do Brasil, advindo desta data, o dia Nacional do Bombeiro.

Em fins do Século XIX, em tempo em que a capital de São Paulo não chegava a cobrir três colinas, onde, as construções começavam a ser mais valiosas, começou-se a pensar em combater as chamas em caso de incêndios; tornando este período, o marco inicial da existência dos Primeiros Bombeiros Paulistas.

Em 10 de março de 1880,começaram oficialmente os trabalhos de extinção de incêndios na Capital, com a criação da Secção de Bombeiros, através da Lei discutida em 3ª Seção da Assembléia Provincial e sancionada pelo Dr. Laurindo Abelardo de Brito, Presidente da Província, representando a Célula Mater do Corpo da Força Pública, o qual se constituiu no embrião central do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, em conformidade com a seguinte ordem cronológica dos fatos:

A Seção de Bombeiros criada, ficou ocupando uma parte do prédio onde funcionava a Estação Central de Urbanos, à rua do Quartel (hoje Praça da Sé), contando com efetivo de 20 (vinte) homens, comandados pelo Alferes José Severino Dias, logo após promovido a 2º Tenente;sendo consignado um crédito de vinte mil réis (20:000$000), dentro da lei orçamentária, para as despesas iniciais.

Em 1888, já era insuficiente o efetivo de 20 ho -mens; por isso, o Governador Provincial baixou a Lei nº 27, de 10 de março de 1888, que elevou o efetivo para 30 (trinta) homens, incluindo um primeiro e um segundo Sargento, sendo que os avisos de incêndio eram transmitidos por meio de rebate de sinos das igrejas ou por comunicação verbal de particulares, que corriam até a porta do Quartel de Bombeiros.


Com o Decreto nº 139, de 14 de março de 1891, o Dr. Américo Brasiliense de Almeida Melo,Governador Provisório do Estado, elevou a Secção à categoria de Companhia de Bombeiros, com o efetivo de um Major Comandante, um Capitão ajudante, três Tenentes, Seis Alferes, um Primeiro Sargento, seis Segundos Sargentos, dez Cabos, seis maquinistas, quatro corneteiros e 130 bombeiros simples, inclusive cocheiros, num total de 168 homens.

Com a Lei nº 17, de 14 de novembro de 1891, foi a denominação Companhia substituída por Corpo de Bombeirose elevado seu efetivo para 240 homens. Em 1894 foi construído o novo Quartel, sendo que em 1967 foi demolido, para no mesmo lugar (rua Anita Garibaldi, atual nova Praça da Sé), serem edificados os prédios onde estão instalados o Comando e várias seções do Estado Maior do Corpo de Bombeiros.

Em conseqüência do movimento revolucionário de 1924, o Corpo de Bombeiros entrou em fase de grandes modificações administrativas; passou a denominar-se Batalhão de Bombeiros Sapadores, já com um efetivo de 900 homens e reforçado com uma companhia de Artilharia.

Novamente, em 1931 passou a chamar-se Corpo de Bombeiros. Em 1948, com a Lei nº 118, de 27 de julho, a Força Pública do Estado, através do Corpo de Bombeiros, foi autorizada a executar os serviços de extinção de incêndio nos municípios, mediante convênio, pois, aos mesmos era atribuída anteriormente, a execução de tais serviços (Lei nº 1, de 18 de ou tubro de 1947).

brasao do oitavo grupamento de incendio

Nessas condições, os serviços de combate a incêndios e de busca e salvamento são executados pelo Corpo de Bombeiros da Polícia em todo o Estado de São Paulo. O atual Comandante do Corpo de Bombeiros da Polícia Mi litar do Estado de São Paulo é o Coronel PM Renato Luís Fernandes, o efetivo total no Estado é de 8.793 homens, distribuídos por 16 Grupamentos de Incêndio e três Grupamentos de Busca e Salvamento e mais os Órgãos de Apoio: Centro de Suprimento e Manutenção de Material Ope racional (CSMOpB) e Centro de Especialização e Instrução para Bombeiros (CEIB).


Histórico do Oitavo Grupamento de Incêndio

A Região do Grande ABC, devido ao seu grande desenvolvimento industrial, estava com um grande problema:

A criação de um Corpo de Bombeiros, pois até setembro de 1957, qualquer socorro de combate a incêndio ou salvamento, dependia da Capital, partindo a guarnição de socorro da 3ª Companhia sediada na época, no Cambuci, gastando um tempo de aproximadamente 40 minutos, da eclosão do sinistro até a chegada do socorro, o que era inadmissível.

Naquela época, por ocasião da passagem do carnaval Andreense, um dos blocos carnavalescos, durante o desfile, chamou a atenção das autoridades municipais, para a necessidade da implantação do Corpo de Bombeiros na região.

No último trimestre daquele ano, instauram-se em Santo André os Serviços de Bombeiros em conformidade com convênio firmado entre Estado e Municipalidade, que por motivos diversos teve duração efêmera, encerrando-se em fevereiro de 1963, voltando Santo André e o desenvolvimento da Região do ABC, à situação insegura de antes.

No dia 26 de maio de 1966, nascia no Município de Santo André a 7ª Companhia de Bombeiros, embrião da Unidade que hoje se constitui no 8º Grupamento de Incêndio.

brasao do oitavo grupamento de incendio
Aspecto da reunião no gabinete do prefeito de São Bernardo do Campo, Higino de Lima, para a abertura das propostas à Concorrência Pública do Edifício da Força Pública e Corpo de Bombeiros (5 de maio de 1967)

estatua de um bombeiro segurando uma criança no colo
Monumento ao Centenário do Corpo de Bombeiros

Naquela época, sob o comando do então Capitão PM Celestino Henriques Fernandes, surgia a primeira unidade de Bombeiros do ABCD, cujo objetivo era o de oferecer um serviço de bombeiros dos mais modernos do país, capaz de atender ao maior pólo industrial do Brasil e aos municípios da região em emergente desenvolvimento.

Em 10 de março de 1967, conforme Lei nº 7.547, de 23 de novembro de 1966, regulamentada pelo Decreto nº 47.478, de 30 de dezembro de 1966, publicada nos Diários Oficiais nºs 210, de 25 de novembro e nº 01 de 03 de janeiro de 1967, respectivamente.

Transcrito no Boletim Geral nº 221, de 30 de maio de 1966, em Boletim Regimental nº 01, de 16 de março de 1967, foi a 7ª Companhia do Corpo de Bombeiros.

Transformada em 1ª Companhia Independente de Bombeiros, com Sede na Alameda São Caetano nº 903, Bairro Campestre - Santo André, juntamente com o destacamento de Bombeiros (hoje PB-Campestre), com o efetivo inicialmente fixado em 283 homens, distribuídos nos seguintes destacamentos:

Mogi das Cruzes, Guarulhos, Osasco, Santo André, São Caetano do Sul e São Bernardo do Campo, obedecendo a seguinte cronologia:

Em 26 de maio de 1966 foi instalado o Destacamento de Bombeiros de Santo André (hoje PBCampestre). Cinco meses depois (28 de outubro de 1966) é instalado o Destacamento de Bombeiros de São Caetano do Sul (hoje PB-Cerâmica).

Em 20 de fevereiro de 1968, foram instalados os destacamentos de Bombeiros Osasco, Guarulhos e Mogi das Cruzes.


Dez meses depois (12 de dezembro de 1968), instala-se o Destacamento de Bombeiros de São Bernardo do Campo e o Posto de Salvamento da Represa Billings.

Em 12 de abril de 1969, ocorre a instalação da Sede da Unidade à Av. Prestes Maia, 1.111 - Santo André. Pelo Decreto-lei nº 151, de 22 de agosto de 1969, o efetivo aumentou para 317 homens passando a pertencer à Unidade os Destacamentos de Taubaté e São José dos Campos, aliados a criação em Santo André do 2º Destacamento de Bombeiros (hoje PB-Alzira), conforme segue:

Em 5 de dezembro de 1970, foi instalado o Destacamento de Bombeiros da Cidade de Taubaté.

21 de dezembro de 1972, instala-se em Santo André, o segundo Posto de Bombeiros (hoje PB -Vila Alzira).

Em 5 de outubro de 1974, ocorre a instalação do Destacamento de Bombeiros da cidade de São José dos Campos.

Pelo Artigo 20 do Decreto nº 7.289, de 15 de dezembro de 1975, o efetivo passou a constituir-se de 586 homens, com missão de atender somente a região do ABCD, a 1ª Companhia Independente de Bombeiros, passou a denominar-se :

OITAVO GRUPAMENTO DE INCÊNDIO

Em 3 de maio de 1987, foi instalado em Santo André o terceiro Posto de Bombeiros (hoje PB-V. Lucinda).

Em 14 de maio de 1987, foi instalado no Município de São Bernardo do Campo o terceiro Posto de Bombeiros (hoje PB-V. do Tanque).

Em 17 de julho de 1988, foi instalado no Município de Mauá o primeiro Posto de Bombeiros (hoje PB-V. Noêmia).

Pelo Boletim Geral nº 051 de 1991, o efetivo do 8º Grupamento de Incêndio passa a constituir-se de 794 homens.

Em 21 de novembro de 1991, foi instalado em Mauá o segundo Posto de Bombeiros (hoje PB-Itapeva).

Em 12 de julho de 1992, foi instalado no Município de São Caetano do Sul, o segundo Posto de Bombeiros (hoje PB-Barcelona).

Em 26 de maio de 1993, foi instalado no Município de Diadema o primeiro Posto de Bombeiros (PB-Diadema).

Em 19 de novembro de 1997, foi instalado no Município de Ribeirão Pires, o primeiro Posto de Bombeiros (PB-Ribeirão Pires).


Histórico Operacional

No transcorrer dos seus 32 anos de fundação o Oitavo Grupamento de Incêndio, atendeu entre Incêndio, Salvamento, Resgate e Trabalhos de Auxílio a Comunidade, aproximadamente 60.000 ocorrências, merecendo especial destaque (como demonstra quadro ao lado).

A partir de 1993, com a implantação do Projeto Resgate na Região do Grande ABCD, ocorreu um aumento sensível no número de ocorrências atendidas pelo Oitavo Grupamento de Incêndio, impondo uma responsabilidade cada vez maior, quanto a qualidade dos serviços prestados à comunidade.

quadro com principais ocorrencias

FICHA CATALOGRÁFICA

Fundação Pró-Memória - Série Documenta
Direção: Aleksandar Jovanovic
Reproduções fotográficas: Antonio Reginaldo Canhoni
Organização: Erika Martin
Editoração: Plano Piloto
Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul
F977o Oitavo Grupamento de Incêndio: trinta e dois anos de História./
São Caetano do Sul: Fundação Pró-Memória; 1998./
São Caetano do Sul. Série Documenta
1.História do Oitavo Grupamento de Incêndio.
2.História local do Estado de São Paulo
I.Título CDD 981.612.s.c.

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